terça-feira, 13 de setembro de 2011

Desastrosos egoísmo e ignorância.

É fato: a Floresta Amazônica corre absurdo perigo. As estatísticas apontam dados cada vez mais alarmantes, e o Governo encobre seu descaso com falácias sobre a tomada de atitude, enquanto a fauna e as tribos nativas - que da floresta dependem - são grandemente lesados, ao mesmo tempo que o mais vasto e opulento ecossistema terrestre é agredido, arruinado e espoliado.
São inúmeros os ataques que a floresta sofre, todos movidos de forma ignorante pelo egoísmo humano, e que trazem assombrosas consequências. O desmatamento visando ao comércio ilegal; as queimadas promovidas por agricultores e pecuaristas que avançam sobre áreas de reserva por demandar um menor custo do que o investimento em métodos de produção intensivos; e o extrativismo mineral que, além de causar profunda erosão, contamina cursos d'água através da consequente deposição elevada de metais pesados em seus leitos (sejam resíduos do próprio produto extraído ou do método de extração, como no caso do mercúrio, utilizado no garimpo de ouro).
A Amazônia pode não ser o pulmão do mundo, mas é de singular importância para a manutenção do ciclo hidrológico - e, em decorrência, biológico - de grande parte do planeta. Ela é responsável por reter e possibilitar, assim, a evaporação de majestosas massas de água, combatendo o aquecimento global e sendo a principal reguladora do regime de chuvas de toda a América Latina - influenciando ainda nos climas de parte da América do Norte e África. Prejudicar o regime de chuvas acarreta prejuízos a toda a produção agropecuária (base da economia brasileira) e energética do Brasil - predominantemente hidrelétrica.
Enquanto a natureza sofre, os políticos mal tentam homiziar seu descaso - esse responsável por levar, no segundo mandato de Lula, a então ministra do Meio Ambiente Marina Silva a exonerar-se do cargo, afirmando de nada valer o posto, já que não havia campo de interesse que abrangesse suas propostas. Mas quando se trata de ampliar seus ganhos e gastos, os representante públicos mostram-se prontamente dispostos.
Também a Mata Atlântica um dia esbanjou beleza e exuberância, e hoje é sufocada em meio aos prédios e avenidas de grandes centros urbanos; não se pode permitir que o mesmo ocorra com a Floresta Amazônica. Fiscalização efetiva e projetos pautados em sustentabilidade (que visa conciliar desenvolvimento e preservação ambiental) resumem as ações a serem urgentemente tomadas, antes que a Amazônia venha a se tornar uma Caatinga estéril. Houve, na História, teo e antropocentrismo; entra em pauta agora uma nova e necessária vertente de pensamento: o ecocentrismo.

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