quinta-feira, 23 de junho de 2011

Um poder ocultado, mas não mais.

Tida simplesmente como símbolo de delicadeza e fragilidade, a mulher foi, por muito tempo, estigmatizada no meio social, desprovida de poder de decisão. Para conquistar seus direitos teve de lutar, provar seu valor e mostrar que é igualmente capaz (ao homem). Mas algumas diferenças persistem, mostrando que nem todos se deram conta de sua força.

Só acompanhando sua evolução social e histórica é possível perceber a profundidade da competência da mulher. Na Antiguidade e Idade Média ela era um pertence do homem, sua serva, sem qualquer direito e cheia de deveres para com o marido, o lar e os filhos. Na sociedade feudal, sua utilidade se resumia a dar continuidade à linhagem do homem e satisfazer-lhes os desejos.

Hoje as mulheres ocupam mais de 45% dos empregos no mercado de trabalho brasileiro (segundo dados do MTE). Dentro do lar, a antes serviçal agora tem voz ativa, divide o trabalho doméstico e o cuidado dos filhos com o esposo e chefia a casa em uma grande parcela das famílias do país. A figura da “mulher Amélia”, construída a partir do samba de Mário Lago, está sendo terminantemente apagada.

Um grande exemplo da importância da mulher é a própria construção da sociedade brasileira, que teve a indígena e a escrava como principais agentes da miscigenação cultural que constitui a base de nossa identidade – com uma participação que vai muito além do fato de terem sido o ventre gerador do nosso povo. Vale ressaltar também, dentre tantos exemplos notáveis, a ilustre figura da jovem francesa Joana d’Arc, que liderou exércitos, mais de uma vez, durante a Guerra dos Cem Anos, e conquistou vitórias que muitos homens falharam em obter.

Através disso percebe-se a força e determinação da mulher, essa personagem tão célebre que por tanto tempo foi injustiçada. Percebe-se ainda a sabedoria que as Artes conferem ao homem, pois os artistas – sejam pintores, músicos ou escritores – independente da época, tiveram sempre, universalmente, como maior mote, o desejo de exaltar a figura feminina tão grandemente quanto ela merece.

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