terça-feira, 13 de setembro de 2011

Bússola financeira.

Os Estados Unidos são a maior potência do mundo, país líder na economia de mercado e do qual muitos outros dependem. Não causa espanto - embora amedronte - que uma crise sofrida por esse país afete todo o restante do mundo capitalista, como ocorreu nos anos de 1929, 2000 e 2008, sendo que a última ainda não foi de todo superada e tem reflexos visíveis.
Entre tais reflexos, destacam-se, primordialmente: queda do valor de ações na Bolsa de Valores, desvalorização de taxas de câmbio e falta de liquidez para crédito. Com isso, os países afetados têm de controlar mais os gastos públicos, aumentar a arrecadação e controlar o fluxo de capitais. Além disso, torna-se mais difícil exportar e é preciso cuidar para que outros países não queiram "desovar" seus produtos no mercado daqueles que melhor se mantiverem ante o período de crise, como no caso do Brasil.
No que remete ao cidadão (brasileiro), o impacto se dá com o aumento dos juros - para ampliar a arrecadação pública - e a queda nos preços de alguns produtos - os quais, por terem sua exportação reduzida, são destinados ao mercado interno, ampliando a oferta -, além da diminuição de crédito, devido à insegurança quanto à movimentação exacerbada de dinheiro. Por último, pode haver corte de pessoal por parte de grandes empresas, no intuito de reduzir gastos ampliando o desemprego.
Isso mostra que os Estados Unidos, apesar de não mais potência hegemônica, ainda são a bússola neste mundo movido pela economia, e sem eles o mundo fica desnorteado. Revela ainda que Adam Smith, em sua obra liberalista "A riqueza das nações", pecou ao afirmar que a economia rege-se sozinha, mantendo-se equilibrada.
Tal problema - não só a crise, mas o fato de essa ter seu epicentro em um país e refletir de tamanha forma em tantos outros - é de uma profunda complexidade e, nesse caso - diferente da maioria -, não cabe ao povo muito a fazer, além de pagar os impostos e esperar devida postura do Governo, pois é a ele que compete tal situação. As medidas tomadas por nosso Estado aparentam ser positivas e capazes de manter a economia nos eixos, possibilitando o crescimento (mesmo que menor, o que é absolutamente necessário para manter a inflação sob controle). Esperemos que nossa presidente esteja preparada realmente para executar o roteiro projetado e alcançar as metas previstas, mantendo a estabilidade, até que surja um novo New Deal para socorrer a economia capitalista mundial.

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