sábado, 16 de julho de 2011

Droga legalizada

Quando os egípcios e mesopotâmios iniciaram o cultivo de leveduras na cevada e, depois, ao deixarem registrada a fórmula da bebida que criaram, não imaginavam que sua “invenção” fosse evoluir e conquistar tantos consumidores. A cerveja está hoje presente em todo e qualquer meio; tanto se espalhou que seu consumo foi banalizado, tendo degustadores cada vez mais jovens.

As bebidas alcoólicas, com destaque à cerveja, ganharam relevância entre os jovens devido a efeitos que causam, como euforia e desinibição; assim, o “elixir” que alegra e tira a timidez foi bastante valorizado, tendo sido o seu consumo associado a maior diversão.

Outro fator é a imagem simbólica da cerveja e destilados, os quais são associados ao adulto; dessa forma, ingerir tais bebidas é um modo – embora errôneo – de afirmar sua maturidade àqueles a sua volta, circunstância essa considerada uma necessidade pelo jovem. Ou seja, o adolescente bebe por status.

Esse hábito, no entanto, gera inúmeros malefícios. O consumo de quaisquer bebidas com teor alcoólico causa dependência. Doses em exagero podem ocasionar desde dores de cabeça e estômago até insuficiência respiratória, coma e morte. Mesmo quem não se excede, mas ingere esse tipo de bebida regularmente, pode, em longo prazo, desenvolver sérios problemas em órgãos como estômago, fígado, intestino e cérebro (o que inclui prejuízos a memória e ao aprendizado). Não bastando, uma enorme parcela dos acidentes de trânsito é consequência do alcoolismo.

Isso são provas de que as bebidas alcoólicas são drogas, e devem ser tratadas como tais. Existem leis que restringem o seu consumo, mas falta fiscalização efetiva e maior punição aos infratores. Programas de conscientização não faltam, mas torná-los mais incisivos é uma boa alternativa. E, se nem isso for o suficiente, façamos como os Estados Unidos (em 1920) e instituamos uma Lei Seca no Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário