segunda-feira, 2 de maio de 2011

Inocente violência.

A imitação é uma característica inerente à sociedade, manifestada desde a civilização grega na cultura através da máxima “a arte é mimese”, manifestando-se em todos os âmbitos. E é na infância que é mais acentuado, já que a criança encontra-se em processo de formação de seu caráter e está muito mais sujeita às ações ao seu entorno. A partir disso suscita uma questão polêmica e ainda inconclusiva: há ou não influência de jogos violentos no comportamento infantil?

Tudo não passa de uma questão de limites. Qualquer indivíduo exposto a um longo período de jogatina tem a atividade cerebral estimulada em áreas cerebrais responsáveis pelas emoções e atenuada em áreas responsáveis pelo autocontrole, o que, a longo prazo, pode gerar um comportamento mais agressivo por parte deste. Como é de conhecimento geral, tudo o que é exagerado é danoso. Nesse caso, não é culpa dos jogos, mas da falta de controle dos pais.

Sem obsessão, nenhuma espécie de jogos há de causar influência na personalidade de uma criança. Pelo contrário, são um enorme estímulo cognitivo e de raciocínio, além de profilaxia ao estresse e à depressão. Afinal, não é porque uma criança joga GTA que ela vai traficar drogas, roubar carros e sair às ruas assassinando pedestres.

Exageros à parte, um jogo só alterará o comportamento de determinado indivíduo se esse possuir alguma predisposição violenta e, nesse caso, há uma infinidade de outros fatores preponderantes, em que se incluem a televisão e o modo de agir dos pais. Tratar-se-ia então, em tal caso, de um problema psicológico e não de uma conseqüência do game.

O respeito à faixa etária indicativa de um jogo e o controle, por parte dos responsáveis, ao tempo de exposição ao mesmo são medidas mais do que suficientes para impedir que a mínima influência deste seja transpassada às inocentes e juvenis mentes. Educação e estrutura familiar, esses sim são fatores determinantes e é de distúrbios nesses que, em geral, vêm os problemas de agressividade manifestados em adolescentes e crianças. Explicitando: a violência infanto-juvenil é um problema advindo da própria sociedade, mas esta, incapaz de reconhecer suas falhas, culpa quaisquer meios duvidosos indefensáveis em si próprios.

Nenhum comentário:

Postar um comentário