segunda-feira, 23 de maio de 2011

Interrompendo vidas

 Em um instituto de educação, onde o desrrespeito não deveria existir, é o cenário no qual várias crianças sofrem e são traumatizadas para o resto de suas vidas.
 Elas são agredidas, humilhadas e até espancadas; Indefesas nada podem fazer, a vergonha as impede de buscar ajuda e as ameaças são constantes.
 Se para um adulto é constrangedor, pra um indivíduo em formação, que está aprendendo e  muito vulnerável é uma experiência que irá marcá-lo e sua auto-estima será sem dúvida estagnada.
 A desmoralização causada pelo bullying é irreversível. Ser perseguido ou excluído torna as pessoas inseguras. Xingamentos, apelidos, "socos e pontapés" podem transformar um aluno que possivelmente teria um bom futuro em um ser-humano anti-social e agressivo, como no caso do assassino de Realengo, no Rio de Janeiro, que em Abril de dois mil e onze massacrou dezenas de jovens inocentes. Foi alegado que ele sofrera o mesmo na infância.
 Os pais e professores têm uma tarefa complicada de formar o caráter daqueles que um dia ocuparão seu lugar e esse processo às vezes é interrompido por uma situação inesperada de violência psicológica. Os responsáveis quando se deparam com esse tipo de problema não têm uma orientação do que fazer, alguns procuram ajuda médica enquanto outros partem pra ignorância, além dos que nem ficam sabendo.
 Existem algumas formas de amenizar esse quadro, começando pelos pais que devem ficar atentos aos seus filhos, o que fazem na escola, se agridem ou são agredidos, depois pelas coordenações dos colégios que precisam estar preparadas para orientar adequadamente pais e professores e por fim as vítimas, que devem denunciar e não esconder o que passam.

Fernanda Sousa Nogueira 2ºC

Interrompendo vidas

 Em um instituto de educação, onde o desrrespeito não deveria existir, é o cenário no qual várias crianças sofrem e são traumatizadas para o resto de suas vidas.
 Elas são agredidas, humilhadas e até espancadas; Indefesas nada podem fazer, a vergonha as impede de buscar ajuda e as ameaças são constantes.
 Se para um adulto é constrangedor, pra um indivíduo em formação, que está aprendendo e  muito vulnerável é uma experiência que irá marcá-lo e sua auto-estima será sem dúvida estagnada.
 A desmoralização causada pelo bullying é irreversível. Ser perseguido ou excluído torna as pessoas inseguras. Xingamentos, apelidos, "socos e pontapés" podem transformar um aluno que possivelmente teria um bom futuro em um ser-humano anti-social e agressivo, como no caso do assassino de Realengo, no Rio de Janeiro, que em Abril de dois mil e onze massacrou dezenas de jovens inocentes. Foi alegado que ele sofrera o mesmo na infância.
 Os pais e professores têm uma tarefa complicada de formar o caráter daqueles que um dia ocuparão seu lugar e esse processo às vezes é interrompido por uma situação inesperada de violência psicológica. Os responsáveis quando se deparam com esse tipo de problema não têm uma orientação do que fazer, alguns procuram ajuda médica enquanto outros partem pra ignorância, além dos que nem ficam sabendo.
 Existem algumas formas de amenizar esse quadro, começando pelos pais que devem ficar atentos aos seus filhos, o que fazem na escola, se agridem ou são agredidos, depois pelas coordenações dos colégios que precisam estar preparadas para orientar adequadamente pais e professores e por fim as vítimas, que devem denunciar e não esconder o que passam.

Fernanda Sousa Nogueira 2ºC

sábado, 21 de maio de 2011

Infindável busca.

O conhecimento humano tem sido moldado incessantemente desde a Antiguidade. Constitui-se em um tecer constante e interminável, o qual sempre necessita de aparos, emendas e arremates. Um tecer que se iniciou a partir da ruptura da associação entre religião e explicação dos fenômenos naturais.

A curiosidade foi o fator determinante para a execução de tal ruptura, advindo da recusa, por parte de alguns homens, dos mitos e crenças incutidos à sociedade. Esses homens elaboraram, através de constante observação da natureza e indagação crítica, teorias que, apesar de incompletas e por vezes errôneas, serviram de base e estímulo ao pensamento racional do qual haveriam de provir as ciências.

Os pré-socráticos, ou físicos, como foram também denominados por buscarem e proporem a physis – a gênese – de tudo, foram os precurssores de tal pensamento. De Tales de Mileto, com o ideal de que a água é a origem e matriz de todas as coisas, a Heráclito, com sua afirmação de que a realidade é resultado da tensão contínua da luta dos opostos, até Leucipo e Demócrito, que acabaram por formular a primeira teoria da Atomística, foram de uma importância enorme para a evolução da humanidade, por serem aqueles que rasgaram o véu mítico que mantinha o homem na ignorância e permitiram às gerações seguintes perceber o mundo sob uma nova perspectiva.

“O que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano”. A afirmação de Newton ilustra acertadamente o quão pouco sabemos e o quanto a natureza é complexa, talvez até demais para a compreensão humana. Mas a atitude dos filósofos físicos é prova de que o homem tende, invariavelmente, à uma investigação constante e interminável: a busca do saber.

Infindável busca.

O conhecimento humano tem sido moldado incessantemente desde a Antiguidade. Constitui-se em um tecer constante e interminável, o qual sempre necessita de aparos, emendas e arremates. Um tecer que se iniciou a partir da ruptura da associação entre religião e explicação dos fenômenos naturais.

A curiosidade foi o fator determinante para a execução de tal ruptura, advindo da recusa, por parte de alguns homens, dos mitos e crenças incutidos à sociedade. Esses homens elaboraram, através de constante observação da natureza e indagação crítica, teorias que, apesar de incompletas e por vezes errôneas, serviram de base e estímulo ao pensamento racional do qual haveriam de provir as ciências.

Os pré-socráticos, ou físicos, como foram também denominados por buscarem e proporem a physis – a gênese – de tudo, foram os precurssores de tal pensamento. De Tales de Mileto, com o ideal de que a água é a origem e matriz de todas as coisas, a Heráclito, com sua afirmação de que a realidade é resultado da tensão contínua da luta dos opostos, até Leucipo e Demócrito, que acabaram por formular a primeira teoria da Atomística, foram de uma importância enorme para a evolução da humanidade, por serem aqueles que rasgaram o véu mítico que mantinha o homem na ignorância e permitiram às gerações seguintes perceber o mundo sob uma nova perspectiva.

“O que sabemos é uma gota e o que ignoramos é um oceano”. A afirmação de Newton ilustra acertadamente o quão pouco sabemos e o quanto a natureza é complexa, talvez até demais para a compreensão humana. Mas a atitude dos filósofos físicos é prova de que o homem tende, invariavelmente, à uma investigação constante e interminável: a busca do saber.

Transfigurador cultural.

No decorrer de sua história, o homem deparou-se com uma infinidade de circunstâncias que se fizeram barreiras ao seu desenvolvimento, os quais só foram sendo trespassados conforme ele foi adquirindo conhecimento. Isso o fez buscar cada vez mais o saber, assim como valorizá-lo, buscando formas de passá-lo às gerações posteriores. Nesse contexto surgiu uma das maiores invenções já criadas: o livro.

Inicialmente com cárater simplesmente informativo, o livro foi aos poucos se diversificando e ganhando espaço no meio social, tornando-se desde objeto de estudo até meio de divertimento. A leitura, então, mostrou seu cárater transformador.

Ler amplia a visão de mundo, abre a mente para a reflexão, a qual estimula a percepção e a curiosidade, forças motrizes da evolução da espécie humana. Aquele que lê exercita a intelectualidade, torna-se critico e imaginativo, tira da leitura experiência e conhecimento para si.

Um livro é, antes de objeto palpável, um instrumento libertário cuja única barreira é a imaginação do leitor. Trata-se de um transmissor de conhecimento e cultura cujo valor vai muito além do dinheiro.

“Um país se faz de homens e livros”. A citação de Monteiro Lobato diz, em síntese, como uma sociedade deve se constituir. Para que a leitura se configure útil e possa atuar em sua totalidade, é preciso antes que seja prazerosa. Para tal, faz-se necessário quebrar o conceito erroneamente incrustado à prática da leitura como monótona, cansativa e complicada. Ampliar o acesso aos livros e estimular a leitura, sem fazer dela uma obrigação, é estimular o desenvolvimento da sociedade e de todos os seus indivíduos.

Transfigurador cultural.

No decorrer de sua história, o homem deparou-se com uma infinidade de circunstâncias que se fizeram barreiras ao seu desenvolvimento, os quais só foram sendo trespassados conforme ele foi adquirindo conhecimento. Isso o fez buscar cada vez mais o saber, assim como valorizá-lo, buscando formas de passá-lo às gerações posteriores. Nesse contexto surgiu uma das maiores invenções já criadas: o livro.

Inicialmente com cárater simplesmente informativo, o livro foi aos poucos se diversificando e ganhando espaço no meio social, tornando-se desde objeto de estudo até meio de divertimento. A leitura, então, mostrou seu cárater transformador.

Ler amplia a visão de mundo, abre a mente para a reflexão, a qual estimula a percepção e a curiosidade, forças motrizes da evolução da espécie humana. Aquele que lê exercita a intelectualidade, torna-se critico e imaginativo, tira da leitura experiência e conhecimento para si.

Um livro é, antes de objeto palpável, um instrumento libertário cuja única barreira é a imaginação do leitor. Trata-se de um transmissor de conhecimento e cultura cujo valor vai muito além do dinheiro.

“Um país se faz de homens e livros”. A citação de Monteiro Lobato diz, em síntese, como uma sociedade deve se constituir. Para que a leitura se configure útil e possa atuar em sua totalidade, é preciso antes que seja prazerosa. Para tal, faz-se necessário quebrar o conceito erroneamente incrustado à prática da leitura como monótona, cansativa e complicada. Ampliar o acesso aos livros e estimular a leitura, sem fazer dela uma obrigação, é estimular o desenvolvimento da sociedade e de todos os seus indivíduos.

terça-feira, 17 de maio de 2011

"ISTO É UMA VERGONHA!!!!!!!!!!!"



 Deixo registrado aqui o meu repúdio à distribuição do livro deseducador "Por uma vida melhor"

Vida melhor para quem?????? Eu, como professora de Língua Portuguesa, sinto-me envergonhada de que um colega seja capaz de produzir tamanha aberração para distribuir em meio aos nossos queridos alunos, já vítimas de uma política descuidada em relação à sua educação escolar. Como já disse em meu livro Moinho de Ilusões, ser professor é uma responsabilidade tão grande quanto a de ser médico, pois podemos matar mentes.
Peço desculpas, em nome dos "professores-autores", aos nossos estudantes e espero, sinceramente, que este mal -que já deve ter vitimado mentes- seja remediado sem maiores estragos.

Abaixo seguem algumas opiniões importantes :

Blogs e Colunistas
17/05/2011
às 5:33

Gramática diferenciada 2 - Para presidente da ABL, livro adotado pelo MEC valida erros grosseiros; entidade emite nota de protesto

Por Dandata Tinoco, no Globo:
O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, criticou nesta segunda-feira a adoção, pelo Ministério da Educação, do livro “Por uma vida melhor”, que aceita o uso da linguagem popular com erros como “nós pega o peixe”. “Discordo completamente do entendimento que os professores que fizeram esse trabalho têm. Uma coisa é compreender a evolução da língua, que é um organismo vivo, a outra e validar erros grosseiros. É uma atitude de concessão demagógica. É como ensinar tabuada errada. Quatro vezes três é sempre 12, na periferia ou no palácio”, afirmou.
Vilaça foi enfático ainda ao comentar a declaração de um auxiliar do ministro Fernando Haddad, que nesta segunda-feira afirmou que o MEC não é o “Ministério da Verdade”: “Na língua, deveria ser (ministério) da verdade, sim.”. No início da noite desta segunda-feira, a Academia divulgou uma nota oficial em que diz discordar da posição do ministério e que estranha “certas posições teóricas dos autores de livros”.
Segundo a ABL, embora todas “as feições sociais” da Língua Portuguesa constituam objeto de análise para disciplinas científicas, o professor espera que os livros respaldem o uso da língua padrão, “variedade que eles (os alunos) deverão conhecer e praticar no exercício da efetiva ascensão social que a escola lhes proporciona”.
“O cultivo da Língua Portuguesa é preocupação central e histórica da Academia Brasileira de Letras e é com esta motivação que a Casa de Machado de Assis vem estranhar certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos fundamental e médio com a chancela do Ministério da Educação, órgão que se vem empenhando em melhorar o nível do ensino escolar no Brasil”, diz a nota da ABL, que completa:
“Todas as feições sociais do nosso idioma constituem objeto de disciplinas científicas, mas bem diferente é a tarefa do professor de Língua Portuguesa, que espera encontrar no livro didático o respaldo dos usos da língua padrão que ministra a seus discípulos, variedade que eles deverão conhecer e praticar no exercício da efetiva ascensão social que a escola lhes proporciona. A posição teórica dos autores do livro didático que vem merecendo a justa crítica de professores e de todos os interessados no cultivo da língua padrão segue caminho diferente do que se aprender nos bons cursos de Teoria da Linguagem. O nosso primeiro e grande linguista brasileiro, Mattoso Câmara Jr., nos orienta para o bom caminho nesta lição já de tantos anos, mas ainda oportuna, a respeito da qual devem refletir os autores de obras didáticas sobre a língua materna: ‘Assim, a gramática normativa tem o seu lugar no ensino, e não se anula diante da gramática descritiva. Mas é um lugar à parte, imposto por injunções de ordem prática dentro da sociedade. É um erro profundamente perturbador misturar as duas disciplinas e, pior ainda, fazer linguística sincrônica com preocupações normativas’ (Estrutura da Língua Portuguesa, 5). O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o ministro tão justamente aspira”.
Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/gramatica-diferenciada-2-para-presidente-da-abl-livro-adotado-pelo-mec-valida-erros-grosseiros-entidade-emite-nota-de-protesto/ 


17/05/2011
às 5:35

Gramática diferenciada 1 - Procuradora da República prevê ações contra uso de livro com erros pelo MEC; autora se defende

Por Adauri Antunes e Demétrio Weber, no Globo:
Diante da denúncia de que o livro “Por uma vida melhor”, da professora Heloísa Ramos - que foi distribuído a 485 mil estudantes jovens e adultos pelo Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação -, defende o uso da linguagem popular e admite erros gramaticais grosseiros como “nós pega o peixe”, a procuradora da República Janice Ascari, do Ministério Público Federal, previu que haverá ações na Justiça. Para ela, os responsáveis pela edição e pela distribuição do livro “estão cometendo um crime” contra a educação brasileira. “Vocês estão cometendo um crime contra os nossos jovens, prestando um desserviço à educação já deficientíssima do país e desperdiçando dinheiro público com material que emburrece em vez de instruir. Essa conduta não cidadã é inadmissível, inconcebível e, certamente, sofrerá ações do Ministério Público”, protestou a procuradora da República em seu blog.
No domingo, o livro já tinha sido duramente criticado por educadores e escritores. O MEC confirmou que não pretende retirar a publicação das escolas, alegando que não tem ingerência sobre o conteúdo das obras. Afirmando que se manifestava como mãe e sem analisar o aspecto jurídico da questão, Janice disse que ficou chocada com as notícias sobre o livro com erros aprovado e distribuído pelo MEC. Os autores defendem que essa linguagem coloquial não poderia ser classificada de certa ou errada, mas de adequada ou inadequada. “Ainda não estou refeita do choque sofrido com as notícias sobre o conteúdo do livro aprovado pelo MEC, no qual consta autorização expressa para que os alunos falem “Nós pega o peixe”, “Os livro mais interessante estão emprestado” e por aí vai. Não, MEC e autores do livro, definitivamente isso não é certo e nem adequado”, disse Janice Ascari.
Para MEC, debate é nas universidades
O MEC confirmou nesta segunda-feira que não cogita alterar o processo de seleção e avaliação de livros didáticos. As obras são lidas por professores de universidades públicas, a quem cabe selecionar os títulos que farão parte do catálogo nacional de livros. É com base nesse catálogo que escolas de todo o país escolhem as coleções que receberão gratuitamente, distribuídas pelo Programa Nacional do Livro Didático.
O MEC diz que o debate sobre a adequação ou não de uma obra didática deve ocorrer nas universidades, como é no sistema atual, e não dentro do ministério. Do contrário, segundo o MEC, haveria o risco de direcionamento político na escolha das obras a serem aprovadas para uso em sala de aula.
A professora Heloísa Ramos, autora do livro, discorda de que seja preciso modificar qualquer trecho. Ela argumenta que a frase discutida em seu livro trata de linguagem oral, e não escrita. E que a norma popular da língua é diferente da norma culta, mas não necessariamente errada, no caso da linguagem oral. “Eu não admito mais que alguém escreva que o nosso livro ensina a falar errado ou que não se dedica a ensinar a norma culta”, disse Heloísa. “Por que, em educação, todo mundo acha que conhece os assuntos e pode falar com propriedade? Este assunto é complexo, é para especialistas”.
Professora aposentada de língua portuguesa da rede estadual de São Paulo, Heloísa presta serviços de consultoria e escreve uma coluna na revista “Nova Escola”, dedicada a tirar dúvidas de professores. Segundo ela, o livro “Por uma vida melhor” é pioneiro ao destacar a importância da norma popular da língua, o que considera um avanço, no sentido de não menosprezar a fala da população menos instruída.
Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/gramatica-diferenciada-1-procuradora-da-republica-preve-acoes-contra-uso-de-livro-com-erros-pelo-mec-autora-se-defende/ 



O pior de tudo é que um livro idiota como este sendo distribuído em nossas escolas- LUGAR SAGRADO ( ideia que o MEC já deixou bem claro que não pensa assim)- faz com que percamos tempo para discuti-lo em vez de estarmos lendo ou estudando algo que nos traga crescimento intelectual-

"ISSO É UMA VERGONHA!!!!!!!!!!!"

"ISTO É UMA VERGONHA!!!!!!!!!!!"



 Deixo registrado aqui o meu repúdio à distribuição do livro deseducador "Por uma vida melhor"

Vida melhor para quem?????? Eu, como professora de Língua Portuguesa, sinto-me envergonhada de que um colega seja capaz de produzir tamanha aberração para distribuir em meio aos nossos queridos alunos, já vítimas de uma política descuidada em relação à sua educação escolar. Como já disse em meu livro Moinho de Ilusões, ser professor é uma responsabilidade tão grande quanto a de ser médico, pois podemos matar mentes.
Peço desculpas, em nome dos "professores-autores", aos nossos estudantes e espero, sinceramente, que este mal -que já deve ter vitimado mentes- seja remediado sem maiores estragos.

Abaixo seguem algumas opiniões importantes :

Blogs e Colunistas
17/05/2011
às 5:33

Gramática diferenciada 2 - Para presidente da ABL, livro adotado pelo MEC valida erros grosseiros; entidade emite nota de protesto

Por Dandata Tinoco, no Globo:
O presidente da Academia Brasileira de Letras (ABL), Marcos Vilaça, criticou nesta segunda-feira a adoção, pelo Ministério da Educação, do livro “Por uma vida melhor”, que aceita o uso da linguagem popular com erros como “nós pega o peixe”. “Discordo completamente do entendimento que os professores que fizeram esse trabalho têm. Uma coisa é compreender a evolução da língua, que é um organismo vivo, a outra e validar erros grosseiros. É uma atitude de concessão demagógica. É como ensinar tabuada errada. Quatro vezes três é sempre 12, na periferia ou no palácio”, afirmou.
Vilaça foi enfático ainda ao comentar a declaração de um auxiliar do ministro Fernando Haddad, que nesta segunda-feira afirmou que o MEC não é o “Ministério da Verdade”: “Na língua, deveria ser (ministério) da verdade, sim.”. No início da noite desta segunda-feira, a Academia divulgou uma nota oficial em que diz discordar da posição do ministério e que estranha “certas posições teóricas dos autores de livros”.
Segundo a ABL, embora todas “as feições sociais” da Língua Portuguesa constituam objeto de análise para disciplinas científicas, o professor espera que os livros respaldem o uso da língua padrão, “variedade que eles (os alunos) deverão conhecer e praticar no exercício da efetiva ascensão social que a escola lhes proporciona”.
“O cultivo da Língua Portuguesa é preocupação central e histórica da Academia Brasileira de Letras e é com esta motivação que a Casa de Machado de Assis vem estranhar certas posições teóricas dos autores de livros que chegam às mãos de alunos dos cursos fundamental e médio com a chancela do Ministério da Educação, órgão que se vem empenhando em melhorar o nível do ensino escolar no Brasil”, diz a nota da ABL, que completa:
“Todas as feições sociais do nosso idioma constituem objeto de disciplinas científicas, mas bem diferente é a tarefa do professor de Língua Portuguesa, que espera encontrar no livro didático o respaldo dos usos da língua padrão que ministra a seus discípulos, variedade que eles deverão conhecer e praticar no exercício da efetiva ascensão social que a escola lhes proporciona. A posição teórica dos autores do livro didático que vem merecendo a justa crítica de professores e de todos os interessados no cultivo da língua padrão segue caminho diferente do que se aprender nos bons cursos de Teoria da Linguagem. O nosso primeiro e grande linguista brasileiro, Mattoso Câmara Jr., nos orienta para o bom caminho nesta lição já de tantos anos, mas ainda oportuna, a respeito da qual devem refletir os autores de obras didáticas sobre a língua materna: ‘Assim, a gramática normativa tem o seu lugar no ensino, e não se anula diante da gramática descritiva. Mas é um lugar à parte, imposto por injunções de ordem prática dentro da sociedade. É um erro profundamente perturbador misturar as duas disciplinas e, pior ainda, fazer linguística sincrônica com preocupações normativas’ (Estrutura da Língua Portuguesa, 5). O manual que o Ministério levou às nossas escolas não o ajudará no empenho pela melhoria a que o ministro tão justamente aspira”.
Por Reinaldo Azevedo

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/gramatica-diferenciada-2-para-presidente-da-abl-livro-adotado-pelo-mec-valida-erros-grosseiros-entidade-emite-nota-de-protesto/ 


17/05/2011
às 5:35

Gramática diferenciada 1 - Procuradora da República prevê ações contra uso de livro com erros pelo MEC; autora se defende

Por Adauri Antunes e Demétrio Weber, no Globo:
Diante da denúncia de que o livro “Por uma vida melhor”, da professora Heloísa Ramos - que foi distribuído a 485 mil estudantes jovens e adultos pelo Programa Nacional do Livro Didático, do Ministério da Educação -, defende o uso da linguagem popular e admite erros gramaticais grosseiros como “nós pega o peixe”, a procuradora da República Janice Ascari, do Ministério Público Federal, previu que haverá ações na Justiça. Para ela, os responsáveis pela edição e pela distribuição do livro “estão cometendo um crime” contra a educação brasileira. “Vocês estão cometendo um crime contra os nossos jovens, prestando um desserviço à educação já deficientíssima do país e desperdiçando dinheiro público com material que emburrece em vez de instruir. Essa conduta não cidadã é inadmissível, inconcebível e, certamente, sofrerá ações do Ministério Público”, protestou a procuradora da República em seu blog.
No domingo, o livro já tinha sido duramente criticado por educadores e escritores. O MEC confirmou que não pretende retirar a publicação das escolas, alegando que não tem ingerência sobre o conteúdo das obras. Afirmando que se manifestava como mãe e sem analisar o aspecto jurídico da questão, Janice disse que ficou chocada com as notícias sobre o livro com erros aprovado e distribuído pelo MEC. Os autores defendem que essa linguagem coloquial não poderia ser classificada de certa ou errada, mas de adequada ou inadequada. “Ainda não estou refeita do choque sofrido com as notícias sobre o conteúdo do livro aprovado pelo MEC, no qual consta autorização expressa para que os alunos falem “Nós pega o peixe”, “Os livro mais interessante estão emprestado” e por aí vai. Não, MEC e autores do livro, definitivamente isso não é certo e nem adequado”, disse Janice Ascari.
Para MEC, debate é nas universidades
O MEC confirmou nesta segunda-feira que não cogita alterar o processo de seleção e avaliação de livros didáticos. As obras são lidas por professores de universidades públicas, a quem cabe selecionar os títulos que farão parte do catálogo nacional de livros. É com base nesse catálogo que escolas de todo o país escolhem as coleções que receberão gratuitamente, distribuídas pelo Programa Nacional do Livro Didático.
O MEC diz que o debate sobre a adequação ou não de uma obra didática deve ocorrer nas universidades, como é no sistema atual, e não dentro do ministério. Do contrário, segundo o MEC, haveria o risco de direcionamento político na escolha das obras a serem aprovadas para uso em sala de aula.
A professora Heloísa Ramos, autora do livro, discorda de que seja preciso modificar qualquer trecho. Ela argumenta que a frase discutida em seu livro trata de linguagem oral, e não escrita. E que a norma popular da língua é diferente da norma culta, mas não necessariamente errada, no caso da linguagem oral. “Eu não admito mais que alguém escreva que o nosso livro ensina a falar errado ou que não se dedica a ensinar a norma culta”, disse Heloísa. “Por que, em educação, todo mundo acha que conhece os assuntos e pode falar com propriedade? Este assunto é complexo, é para especialistas”.
Professora aposentada de língua portuguesa da rede estadual de São Paulo, Heloísa presta serviços de consultoria e escreve uma coluna na revista “Nova Escola”, dedicada a tirar dúvidas de professores. Segundo ela, o livro “Por uma vida melhor” é pioneiro ao destacar a importância da norma popular da língua, o que considera um avanço, no sentido de não menosprezar a fala da população menos instruída.
Por Reinaldo Azevedo

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/gramatica-diferenciada-1-procuradora-da-republica-preve-acoes-contra-uso-de-livro-com-erros-pelo-mec-autora-se-defende/ 



O pior de tudo é que um livro idiota como este sendo distribuído em nossas escolas- LUGAR SAGRADO ( ideia que o MEC já deixou bem claro que não pensa assim)- faz com que percamos tempo para discuti-lo em vez de estarmos lendo ou estudando algo que nos traga crescimento intelectual-

"ISSO É UMA VERGONHA!!!!!!!!!!!"

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Matemática. Uma história de amor

Num certo livro de Matemática, um quociente apaixonou-se por uma incógnita.

Ele, o quociente, produto de notável família de importantíssimos polinómios.

Ela, uma simples incógnita, de mesquinha equação literal. Oh! Que tremenda desigualdade. Mas como todos sabem, o amor não tem limites e vai do mais infinito ao menos infinito.

Apaixonado, o quociente a olhou do vértice à base, sob todos os ângulos, agudos e obtusos. Era linda, uma figura ímpar e punha-se em evidência: olhar rombóide, boca trapezóide, seios esféricos num corpo cilíndrico de linhas senoidais.

- Quem és tu? Perguntou o quociente com olhar radical.

- Eu sou a raiz quadrada da soma do quadrado dos catetos, mas podes me chamar de Hipotenusa. Respondeu ela com expressão algébrica de quem ama.

Ele fez de sua vida uma paralela à dela, até que se encontraram no infinito. E se amaram ao quadrado da velocidade da luz, traçando ao sabor do momento e da paixão, rectas e curvas nos jardins da quarta dimensão. Ele a amava e a recíproca era verdadeira. Se adoravam nas mesmas razões e proporções no intervalo aberto da vida.

Três quadrantes depois, resolveram se casar. Traçaram planos para o futuro e todos desejaram felicidade integral. Os padrinhos foram o vector e a bissectriz.

Tudo estava nos eixos. O amor crescia em progressão geométrica. Quando ela estava em suas coordenadas positivas, tiveram um par: o menino, em honra ao padrinho, chamaram de Versor; a menina, uma linda Abcissa. Ela sofreu duas operações.

Eram felizes até que, um dia, tudo se tornou uma constante. Foi aí que surgiu um outro. Sim, um outro. O máximo divisor comum, um frequentador de círculos viciosos. O mínimo que o máximo ofereceu foi uma grandeza absoluta.

Ela sentiu-se imprópria, mas amava o Máximo. Sabedor desta regra de três, o quociente chamou-a de fracção ordinária. Sentiu-se um denominador comum, resolveu aplicar a solução trivial: um ponto de descontinuidade na vida deles.

Quando os dois amantes estavam em colóquio amoroso, ele em termos menores e ela de combinação linear, chegou o quociente e num giro determinante, disparou o seu 45.

Ela foi transformada numa simples dízima periódica e foi para o espaço imaginário e ele, foi parar num intervalo fechado, onde a luz solar se via através de pequenas malhas quadráticas.

http://www.youtube.com/watch?v=9ApvbGoEdIw

Matemática. Uma história de amor

Num certo livro de Matemática, um quociente apaixonou-se por uma incógnita.

Ele, o quociente, produto de notável família de importantíssimos polinómios.

Ela, uma simples incógnita, de mesquinha equação literal. Oh! Que tremenda desigualdade. Mas como todos sabem, o amor não tem limites e vai do mais infinito ao menos infinito.

Apaixonado, o quociente a olhou do vértice à base, sob todos os ângulos, agudos e obtusos. Era linda, uma figura ímpar e punha-se em evidência: olhar rombóide, boca trapezóide, seios esféricos num corpo cilíndrico de linhas senoidais.

- Quem és tu? Perguntou o quociente com olhar radical.

- Eu sou a raiz quadrada da soma do quadrado dos catetos, mas podes me chamar de Hipotenusa. Respondeu ela com expressão algébrica de quem ama.

Ele fez de sua vida uma paralela à dela, até que se encontraram no infinito. E se amaram ao quadrado da velocidade da luz, traçando ao sabor do momento e da paixão, rectas e curvas nos jardins da quarta dimensão. Ele a amava e a recíproca era verdadeira. Se adoravam nas mesmas razões e proporções no intervalo aberto da vida.

Três quadrantes depois, resolveram se casar. Traçaram planos para o futuro e todos desejaram felicidade integral. Os padrinhos foram o vector e a bissectriz.

Tudo estava nos eixos. O amor crescia em progressão geométrica. Quando ela estava em suas coordenadas positivas, tiveram um par: o menino, em honra ao padrinho, chamaram de Versor; a menina, uma linda Abcissa. Ela sofreu duas operações.

Eram felizes até que, um dia, tudo se tornou uma constante. Foi aí que surgiu um outro. Sim, um outro. O máximo divisor comum, um frequentador de círculos viciosos. O mínimo que o máximo ofereceu foi uma grandeza absoluta.

Ela sentiu-se imprópria, mas amava o Máximo. Sabedor desta regra de três, o quociente chamou-a de fracção ordinária. Sentiu-se um denominador comum, resolveu aplicar a solução trivial: um ponto de descontinuidade na vida deles.

Quando os dois amantes estavam em colóquio amoroso, ele em termos menores e ela de combinação linear, chegou o quociente e num giro determinante, disparou o seu 45.

Ela foi transformada numa simples dízima periódica e foi para o espaço imaginário e ele, foi parar num intervalo fechado, onde a luz solar se via através de pequenas malhas quadráticas.

http://www.youtube.com/watch?v=9ApvbGoEdIw

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Inocente violência.

A imitação é uma característica inerente à sociedade, manifestada desde a civilização grega na cultura através da máxima “a arte é mimese”, manifestando-se em todos os âmbitos. E é na infância que é mais acentuado, já que a criança encontra-se em processo de formação de seu caráter e está muito mais sujeita às ações ao seu entorno. A partir disso suscita uma questão polêmica e ainda inconclusiva: há ou não influência de jogos violentos no comportamento infantil?

Tudo não passa de uma questão de limites. Qualquer indivíduo exposto a um longo período de jogatina tem a atividade cerebral estimulada em áreas cerebrais responsáveis pelas emoções e atenuada em áreas responsáveis pelo autocontrole, o que, a longo prazo, pode gerar um comportamento mais agressivo por parte deste. Como é de conhecimento geral, tudo o que é exagerado é danoso. Nesse caso, não é culpa dos jogos, mas da falta de controle dos pais.

Sem obsessão, nenhuma espécie de jogos há de causar influência na personalidade de uma criança. Pelo contrário, são um enorme estímulo cognitivo e de raciocínio, além de profilaxia ao estresse e à depressão. Afinal, não é porque uma criança joga GTA que ela vai traficar drogas, roubar carros e sair às ruas assassinando pedestres.

Exageros à parte, um jogo só alterará o comportamento de determinado indivíduo se esse possuir alguma predisposição violenta e, nesse caso, há uma infinidade de outros fatores preponderantes, em que se incluem a televisão e o modo de agir dos pais. Tratar-se-ia então, em tal caso, de um problema psicológico e não de uma conseqüência do game.

O respeito à faixa etária indicativa de um jogo e o controle, por parte dos responsáveis, ao tempo de exposição ao mesmo são medidas mais do que suficientes para impedir que a mínima influência deste seja transpassada às inocentes e juvenis mentes. Educação e estrutura familiar, esses sim são fatores determinantes e é de distúrbios nesses que, em geral, vêm os problemas de agressividade manifestados em adolescentes e crianças. Explicitando: a violência infanto-juvenil é um problema advindo da própria sociedade, mas esta, incapaz de reconhecer suas falhas, culpa quaisquer meios duvidosos indefensáveis em si próprios.

Inocente violência.

A imitação é uma característica inerente à sociedade, manifestada desde a civilização grega na cultura através da máxima “a arte é mimese”, manifestando-se em todos os âmbitos. E é na infância que é mais acentuado, já que a criança encontra-se em processo de formação de seu caráter e está muito mais sujeita às ações ao seu entorno. A partir disso suscita uma questão polêmica e ainda inconclusiva: há ou não influência de jogos violentos no comportamento infantil?

Tudo não passa de uma questão de limites. Qualquer indivíduo exposto a um longo período de jogatina tem a atividade cerebral estimulada em áreas cerebrais responsáveis pelas emoções e atenuada em áreas responsáveis pelo autocontrole, o que, a longo prazo, pode gerar um comportamento mais agressivo por parte deste. Como é de conhecimento geral, tudo o que é exagerado é danoso. Nesse caso, não é culpa dos jogos, mas da falta de controle dos pais.

Sem obsessão, nenhuma espécie de jogos há de causar influência na personalidade de uma criança. Pelo contrário, são um enorme estímulo cognitivo e de raciocínio, além de profilaxia ao estresse e à depressão. Afinal, não é porque uma criança joga GTA que ela vai traficar drogas, roubar carros e sair às ruas assassinando pedestres.

Exageros à parte, um jogo só alterará o comportamento de determinado indivíduo se esse possuir alguma predisposição violenta e, nesse caso, há uma infinidade de outros fatores preponderantes, em que se incluem a televisão e o modo de agir dos pais. Tratar-se-ia então, em tal caso, de um problema psicológico e não de uma conseqüência do game.

O respeito à faixa etária indicativa de um jogo e o controle, por parte dos responsáveis, ao tempo de exposição ao mesmo são medidas mais do que suficientes para impedir que a mínima influência deste seja transpassada às inocentes e juvenis mentes. Educação e estrutura familiar, esses sim são fatores determinantes e é de distúrbios nesses que, em geral, vêm os problemas de agressividade manifestados em adolescentes e crianças. Explicitando: a violência infanto-juvenil é um problema advindo da própria sociedade, mas esta, incapaz de reconhecer suas falhas, culpa quaisquer meios duvidosos indefensáveis em si próprios.

O homem é um animal político... e corrupto.

Diferente do que muitos crêem o comportamento corrupto não nasceu junto à política; ele se manifestou. Isso por se tratar não de uma característica enraizada ao homem ao longo do tempo, mas de um traço de sua própria natureza, inibido – para a manutenção da vida em sociedade – através da moralidade.

A moral constitui, em essência, normas e modos de agir que norteiam o comportamento do homem, primando pela harmonia das relações humanas. A política surge como um desdobramento natural de tais princípios, de modo que, em hipótese alguma, pode haver boa política sem se pautar neles. A corrupção é a degradação da ética, e se aquela tem se fortalecido é porque houve um forte desgaste desta. E encontra-se nisso a raiz do problema.

Afirmou Lord Acton, historiador britânico, em seus estudos, que o poder tente a corromper. Isso devido aos privilégios cedidos àquele que o possui, levando-o progressivamente a crer em sua supremacia e, posteriormente, a agir conforme a própria vontade.

Assim sendo, a conduta corrupta é decorrente de uma série de fatores que vão do campo pessoal ao administrativo. Deve haver uma renovação dos valores éticos e um constante reforço a eles que os impeçam de perder seu sentido individual e coletivo; um amplo programa de fiscalização a todo indivíduo que exerça alguma forma de poder e maior transparência de gestão político-administrativa, além da devida punição daqueles que agirem de forma corrompida. Esses são quesitos essenciais para mudar essa realidade. A corrupção é inerente ao homem, mas só se manifesta em cenário cuja possibilidade de impunidade exista proeminentemente.

Nesse contexto deve suscitar a participação do jovem, o qual possui o vigor e a força capazes de consolidar transformações. A maior mobilização cabe àqueles que estão iniciando legítima atividade como cidadãos, e os quais hão de formar as novas classes de políticos, impedindo que o ato corrupto continue a se manifestar e que nossa nação venha a tornar-se uma cleptocracia, isto é, um governo em que o poder seja utilizado tão somente para fins privados e ilegítimos.

O homem é um animal político... e corrupto.

Diferente do que muitos crêem o comportamento corrupto não nasceu junto à política; ele se manifestou. Isso por se tratar não de uma característica enraizada ao homem ao longo do tempo, mas de um traço de sua própria natureza, inibido – para a manutenção da vida em sociedade – através da moralidade.

A moral constitui, em essência, normas e modos de agir que norteiam o comportamento do homem, primando pela harmonia das relações humanas. A política surge como um desdobramento natural de tais princípios, de modo que, em hipótese alguma, pode haver boa política sem se pautar neles. A corrupção é a degradação da ética, e se aquela tem se fortalecido é porque houve um forte desgaste desta. E encontra-se nisso a raiz do problema.

Afirmou Lord Acton, historiador britânico, em seus estudos, que o poder tente a corromper. Isso devido aos privilégios cedidos àquele que o possui, levando-o progressivamente a crer em sua supremacia e, posteriormente, a agir conforme a própria vontade.

Assim sendo, a conduta corrupta é decorrente de uma série de fatores que vão do campo pessoal ao administrativo. Deve haver uma renovação dos valores éticos e um constante reforço a eles que os impeçam de perder seu sentido individual e coletivo; um amplo programa de fiscalização a todo indivíduo que exerça alguma forma de poder e maior transparência de gestão político-administrativa, além da devida punição daqueles que agirem de forma corrompida. Esses são quesitos essenciais para mudar essa realidade. A corrupção é inerente ao homem, mas só se manifesta em cenário cuja possibilidade de impunidade exista proeminentemente.

Nesse contexto deve suscitar a participação do jovem, o qual possui o vigor e a força capazes de consolidar transformações. A maior mobilização cabe àqueles que estão iniciando legítima atividade como cidadãos, e os quais hão de formar as novas classes de políticos, impedindo que o ato corrupto continue a se manifestar e que nossa nação venha a tornar-se uma cleptocracia, isto é, um governo em que o poder seja utilizado tão somente para fins privados e ilegítimos.