O necessário despertar

Basta observar a imensidão do Universo para notar a insignificância do homem em relação ao todo. Porém inúmeros indivíduos agem com soberba, arremessando a alegoria de sua espécie no fundo do poço. O ‘’só sei que nada sei’’ socrático, no qual existe humildade, deve ser exercido, todavia, sem ingenuidade e alienação que são prejudiciais e precisam acabar, caso contrário aumentarão as desigualdades cada vez mais, traçando caminhos dantescos e desprezíveis.

Crianças que nunca tiveram a oportunidade de freqüentar escolas ou quaisquer outros lugares respeitáveis pervertem-se graças ao crime e às drogas. Isso reflete a lamentável realidade brasileira em que enquanto muitos batalham para ganhar um salário digno e sustentar sua família, outros tantos escarnecem desses, fazendo-os de palhaços, usurpando abundantemente dos impostos pagos por estes cidadãos e com trabalho verdadeiramente pesado, honesto. Não é correto ridicularizar gente inocente (que se deixa levar por vagas promessas utópicas e mentirosas de canditados espantosos) porque foge de princípios almejados como a distribuição de renda. Em circunstâncias deste tipo o que importa é a índole na qual o ser - governantes e aliados - possui poder e não abusa dele, praticando a retidão em prol do bem da nação e em detrimento da corrosiva e estúpida falta de caráter.

Segundo Jean Jacques Rousseau a natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável. Não é sensato se conformar com o desvio de verbas estatais afinal é dinheiro público, investimento do povo que não retorna nem nas partes básicas do sistema.

Por isso a população deve se conscientizar do momento em que vive, abrir os olhos para os fatos e perceber que neste meio capitalista intenso e desumano os valores e crenças são baseados na moeda, que mesmo em situações inesperadas como o ENEM 2010 estão vinculados a transgressões monetárias. Que haja revolução, reivindicações, justiça. Como nada se perde e nem se cria no ambiente, que se transforme impunidade, imoralidade em integridade e coerência.

Camila Paimel – 1º D – Ensino Médio