segunda-feira, 2 de maio de 2011

O homem é um animal político... e corrupto.

Diferente do que muitos crêem o comportamento corrupto não nasceu junto à política; ele se manifestou. Isso por se tratar não de uma característica enraizada ao homem ao longo do tempo, mas de um traço de sua própria natureza, inibido – para a manutenção da vida em sociedade – através da moralidade.

A moral constitui, em essência, normas e modos de agir que norteiam o comportamento do homem, primando pela harmonia das relações humanas. A política surge como um desdobramento natural de tais princípios, de modo que, em hipótese alguma, pode haver boa política sem se pautar neles. A corrupção é a degradação da ética, e se aquela tem se fortalecido é porque houve um forte desgaste desta. E encontra-se nisso a raiz do problema.

Afirmou Lord Acton, historiador britânico, em seus estudos, que o poder tente a corromper. Isso devido aos privilégios cedidos àquele que o possui, levando-o progressivamente a crer em sua supremacia e, posteriormente, a agir conforme a própria vontade.

Assim sendo, a conduta corrupta é decorrente de uma série de fatores que vão do campo pessoal ao administrativo. Deve haver uma renovação dos valores éticos e um constante reforço a eles que os impeçam de perder seu sentido individual e coletivo; um amplo programa de fiscalização a todo indivíduo que exerça alguma forma de poder e maior transparência de gestão político-administrativa, além da devida punição daqueles que agirem de forma corrompida. Esses são quesitos essenciais para mudar essa realidade. A corrupção é inerente ao homem, mas só se manifesta em cenário cuja possibilidade de impunidade exista proeminentemente.

Nesse contexto deve suscitar a participação do jovem, o qual possui o vigor e a força capazes de consolidar transformações. A maior mobilização cabe àqueles que estão iniciando legítima atividade como cidadãos, e os quais hão de formar as novas classes de políticos, impedindo que o ato corrupto continue a se manifestar e que nossa nação venha a tornar-se uma cleptocracia, isto é, um governo em que o poder seja utilizado tão somente para fins privados e ilegítimos.

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