quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Sociedade virtual

Viver em sociedade é uma necessidade humana. Com o avanço tecnológico, esse fator foi duplicado: vivemos em dois meios sociais agora, o real e o virtual. Desses, o segundo apresenta uma dinâmica a qual se deve atentar, de forma a não ser submetido a conseqüências indesejáveis.

A internet apresenta vantagens proeminentes. Hoje é possível atualizar-se, divertir-se, se comunicar e até mesmo trabalhar via computador. O maior de seus reflexos, contudo, é a inovação na maneira de fazer novas amizades, interagir com outras pessoas e disseminar correntes de pensamento.

Segundo reportagem da Veja de outubro do corrente ano, se o Facebook fosse um país teria a terceira maior população do planeta. Bilhões de pessoas dedicam uma parcela significativa de seu tempo às redes sociais, relacionando-se e criando novos laços. No tocante a disseminar idéias, a todo o momento são criados blogs, sites e comunidades online que fazem campanhas ou protestos visando à mobilização social. A recente Primavera Árabe – cujo nome remete à Primavera dos Povos do início da Idade Contemporânea – que culminou com a queda de vários regimes ditatoriais é prova viva de tal realidade e do poder das redes da internet.

Entretanto, vale ressaltar que a “web” pode ser tão nociva quanto benéfica. A dinâmica enorme e o acesso quase irrestrito à informação – inclusive pessoal de outrem – constitui-se em uma armadilha. Disponibilizar muito sobre si é expor-se ao desconhecido, e não faltam más intenções. A rede, nesse sentido, torna-se uma teia de aranha.

Por isso, conforme o supracitado, é preciso que cada um estabeleça limites entre o público e o privado. Estar atento ao que publicar ou não e calcular as possíveis conseqüências são medidas necessárias para bem usufruir daquilo que a tecnologia dispõe. E para impedir que esse agora direito humano fundamental – o acesso à internet – não seja utilizado contra si próprio e possa manchar sua imagem no novo meio social ao qual estamos “habitando”.

Sociedade virtual

Viver em sociedade é uma necessidade humana. Com o avanço tecnológico, esse fator foi duplicado: vivemos em dois meios sociais agora, o real e o virtual. Desses, o segundo apresenta uma dinâmica a qual se deve atentar, de forma a não ser submetido a conseqüências indesejáveis.

A internet apresenta vantagens proeminentes. Hoje é possível atualizar-se, divertir-se, se comunicar e até mesmo trabalhar via computador. O maior de seus reflexos, contudo, é a inovação na maneira de fazer novas amizades, interagir com outras pessoas e disseminar correntes de pensamento.

Segundo reportagem da Veja de outubro do corrente ano, se o Facebook fosse um país teria a terceira maior população do planeta. Bilhões de pessoas dedicam uma parcela significativa de seu tempo às redes sociais, relacionando-se e criando novos laços. No tocante a disseminar idéias, a todo o momento são criados blogs, sites e comunidades online que fazem campanhas ou protestos visando à mobilização social. A recente Primavera Árabe – cujo nome remete à Primavera dos Povos do início da Idade Contemporânea – que culminou com a queda de vários regimes ditatoriais é prova viva de tal realidade e do poder das redes da internet.

Entretanto, vale ressaltar que a “web” pode ser tão nociva quanto benéfica. A dinâmica enorme e o acesso quase irrestrito à informação – inclusive pessoal de outrem – constitui-se em uma armadilha. Disponibilizar muito sobre si é expor-se ao desconhecido, e não faltam más intenções. A rede, nesse sentido, torna-se uma teia de aranha.

Por isso, conforme o supracitado, é preciso que cada um estabeleça limites entre o público e o privado. Estar atento ao que publicar ou não e calcular as possíveis conseqüências são medidas necessárias para bem usufruir daquilo que a tecnologia dispõe. E para impedir que esse agora direito humano fundamental – o acesso à internet – não seja utilizado contra si próprio e possa manchar sua imagem no novo meio social ao qual estamos “habitando”.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ATIVIDADE PARA O 3° ANO


GABARITO
1
A
B
C
D
E
2
A
B
C
D
E
3
A
B
C
D
E
4
A
B
C
D
E
5
A
B
C
D
E
6
A
B
C
D
E
7
A
B
C
D
E
8
A
B
C
D
E
9
A
B
C
D
E
10
A
B
C
D
E













01. A ocorrência de crase com os pronomes aquele(s),aquela(s) e aquilo depende apenas da verificação da presença da preposição que antecede esses pronomes.Assinale a alternativa em que o acento grave foi colocado indevidamente.
( a ) Veja aquele monumento.
( b ) Refiro-me àquele monumento.
( c ) Prefiro isto aquilo.
( d ) Entregue tudo àquele homem.
( e ) Transmita àquelas pessoas os meus cumprimentos.

02. Ocorre crase, quando as horas são especificadas.Assinale a alternativa em que o acento grave foi colocado indevidamente.

( a ) Sairemos às 14:00 h.
( b ) Ela dorme às 22:00 h todos os dias.
( c ) A novela das oito começa às nove horas.
( d ) Isso acontece à qualquer hora.
( e ) Estarei lá daqui a uma hora.

03. “cara a cara” é uma expressão feminina e não usamos o acento grave porque:
( a ) Ao passarmos para o masculino ocorre crase, logo, não ocorre nas expressões femininas.
( b ) à moda de está subentendido e nesse caso não ocorre crase.
( c ) Não ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas repetidas como “face a face,frente a frente, gota a gota”.
( d) A crase é facultativa nas expressões com palavras femininas repetidas.
( e ) Não ocorre crase tanto nas expressões formadas por palavras femininas repedidas quanto nas expressões adverbiais de que participam palavras femininas.

04. Assinale a alternativa incorreta.
( a ) Isso não interessa à ninguém = Ocorre crase antes da maioria dos pronomes.Como: mostre à ela, isso não interessa à nenhuma pessoa.Disse à mim.
( b ) Tenho um fogão a gás = não ocorre crase antes de substantivos masculinos.
( c ) Pôs-se a gritar. = não ocorre crase antes de verbo.
( d ) Estou-me referindo à mesma pessoa. = faz parte dos poucos casos de pronomes que admitem artigo, podendo ser facilmente detectado passando a frase para o masculino.(estou me referindo ao mesmo homem.)
( e ) O prêmio só foi concedido a cantoras estrangeiras = não ocorre crase antes de palavras femininas no plural precedidas de “a” no singular.
        
05. A crase é facultativa diante dos nomes próprios femininos e após a preposição “até” que antecede os substantivos femininos, desde que o termo antecedente reja a preposição “a”.Assinale a alternativa em que o uso do acento grave está incorreto porque o verbo não pede a preposição “a”.
 ( a ) Você entregou a bolsa à Luisa./ Você entregou a bolsa a Luisa.
( b ) Amava a Paula./ Amava à Paula.
( c )Ninguém fez alusão à Ana./ Ninguém fez alusão a Ana.
( d) Enviei as fores a Silvia./ Enviei as flores à Silvia. 
( e ) Dei tudo à Ciça,que nem sequer agradeceu./ Dei tudo a Ciça,que nem sequer agradeceu.

06.Antes dos pronomes possessivos, o artigo definido é optativo.Portanto, se o termo antecedente reger a preposição “a”, o acento grave será optativo.Assinale a alternativa abaixo que isso ocorre.
 ( a ) Vou à Bahia, embarco às 22:35 h.
( b ) Cheguei à casa do diretor.
( c ) Refiro-me à minha velha bicicleta.
( d ) Escrevi uma redação à Rui Barbosa.
( e ) Não fui àquela farmácia.

07.Não me refiro ________ esse livro, mas _______ que compramos e pagamos ______ vista.
 ( a ) à, aquele, a
( b ) a, àquele, à
( c ) à, àquele, a
( d ) à, àquele, à
( e ) a, aquele, a

08.Crase é o nome que se dá à fusão, à contração de dois A (aa) e o acento grave é o indicador desse fenômeno.Com base nisso, assinale a alternativa abaixo em que o uso ou não do acento grave está incorreto.
( a ) Comunique nossos preços à empresas interessadas.
( b ) Nunca disse nada a respeito disso.
( c ) Sempre evitei comprar a crédito.
( d ) Não nego minha contribuição à cultura brasileira.
( e ) Ontem fui a Santos; estou cansado, hoje vou à aula.

09.Assinale a alternativa em que está incorreto o uso do acento grave.
( a ) Vamos à Paris ou a Portugal nas próximas férias.
( b ) Fui a Londres, ou melhor, à velha Londres.
( c ) Fui a velha casa.
( d ) Refiro-me a minha velha amiga.
( e ) Refiro-me à minha velha amiga.

10. O acento indicador de crase é usado nas expressões adverbiais, nas locuções prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Assim, assinale a alternativa incorreta.
( a ) Tente se manter à tona.
( b ) Nos encontraremos a tarde.
( c ) Visitaram toda a cidade a pé.
( d ) Traga um belo filé à parmeggiana.
( e ) Não é fácil jogar à moda da seleção holandesa de 1974.

ATIVIDADE PARA O 3° ANO


GABARITO
1
A
B
C
D
E
2
A
B
C
D
E
3
A
B
C
D
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A
B
C
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A
B
C
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A
B
C
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A
B
C
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E
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A
B
C
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E
9
A
B
C
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E
10
A
B
C
D
E













01. A ocorrência de crase com os pronomes aquele(s),aquela(s) e aquilo depende apenas da verificação da presença da preposição que antecede esses pronomes.Assinale a alternativa em que o acento grave foi colocado indevidamente.
( a ) Veja aquele monumento.
( b ) Refiro-me àquele monumento.
( c ) Prefiro isto aquilo.
( d ) Entregue tudo àquele homem.
( e ) Transmita àquelas pessoas os meus cumprimentos.

02. Ocorre crase, quando as horas são especificadas.Assinale a alternativa em que o acento grave foi colocado indevidamente.

( a ) Sairemos às 14:00 h.
( b ) Ela dorme às 22:00 h todos os dias.
( c ) A novela das oito começa às nove horas.
( d ) Isso acontece à qualquer hora.
( e ) Estarei lá daqui a uma hora.

03. “cara a cara” é uma expressão feminina e não usamos o acento grave porque:
( a ) Ao passarmos para o masculino ocorre crase, logo, não ocorre nas expressões femininas.
( b ) à moda de está subentendido e nesse caso não ocorre crase.
( c ) Não ocorre crase nas expressões formadas por palavras femininas repetidas como “face a face,frente a frente, gota a gota”.
( d) A crase é facultativa nas expressões com palavras femininas repetidas.
( e ) Não ocorre crase tanto nas expressões formadas por palavras femininas repedidas quanto nas expressões adverbiais de que participam palavras femininas.

04. Assinale a alternativa incorreta.
( a ) Isso não interessa à ninguém = Ocorre crase antes da maioria dos pronomes.Como: mostre à ela, isso não interessa à nenhuma pessoa.Disse à mim.
( b ) Tenho um fogão a gás = não ocorre crase antes de substantivos masculinos.
( c ) Pôs-se a gritar. = não ocorre crase antes de verbo.
( d ) Estou-me referindo à mesma pessoa. = faz parte dos poucos casos de pronomes que admitem artigo, podendo ser facilmente detectado passando a frase para o masculino.(estou me referindo ao mesmo homem.)
( e ) O prêmio só foi concedido a cantoras estrangeiras = não ocorre crase antes de palavras femininas no plural precedidas de “a” no singular.
        
05. A crase é facultativa diante dos nomes próprios femininos e após a preposição “até” que antecede os substantivos femininos, desde que o termo antecedente reja a preposição “a”.Assinale a alternativa em que o uso do acento grave está incorreto porque o verbo não pede a preposição “a”.
 ( a ) Você entregou a bolsa à Luisa./ Você entregou a bolsa a Luisa.
( b ) Amava a Paula./ Amava à Paula.
( c )Ninguém fez alusão à Ana./ Ninguém fez alusão a Ana.
( d) Enviei as fores a Silvia./ Enviei as flores à Silvia. 
( e ) Dei tudo à Ciça,que nem sequer agradeceu./ Dei tudo a Ciça,que nem sequer agradeceu.

06.Antes dos pronomes possessivos, o artigo definido é optativo.Portanto, se o termo antecedente reger a preposição “a”, o acento grave será optativo.Assinale a alternativa abaixo que isso ocorre.
 ( a ) Vou à Bahia, embarco às 22:35 h.
( b ) Cheguei à casa do diretor.
( c ) Refiro-me à minha velha bicicleta.
( d ) Escrevi uma redação à Rui Barbosa.
( e ) Não fui àquela farmácia.

07.Não me refiro ________ esse livro, mas _______ que compramos e pagamos ______ vista.
 ( a ) à, aquele, a
( b ) a, àquele, à
( c ) à, àquele, a
( d ) à, àquele, à
( e ) a, aquele, a

08.Crase é o nome que se dá à fusão, à contração de dois A (aa) e o acento grave é o indicador desse fenômeno.Com base nisso, assinale a alternativa abaixo em que o uso ou não do acento grave está incorreto.
( a ) Comunique nossos preços à empresas interessadas.
( b ) Nunca disse nada a respeito disso.
( c ) Sempre evitei comprar a crédito.
( d ) Não nego minha contribuição à cultura brasileira.
( e ) Ontem fui a Santos; estou cansado, hoje vou à aula.

09.Assinale a alternativa em que está incorreto o uso do acento grave.
( a ) Vamos à Paris ou a Portugal nas próximas férias.
( b ) Fui a Londres, ou melhor, à velha Londres.
( c ) Fui a velha casa.
( d ) Refiro-me a minha velha amiga.
( e ) Refiro-me à minha velha amiga.

10. O acento indicador de crase é usado nas expressões adverbiais, nas locuções prepositivas e conjuntivas de que participam palavras femininas. Assim, assinale a alternativa incorreta.
( a ) Tente se manter à tona.
( b ) Nos encontraremos a tarde.
( c ) Visitaram toda a cidade a pé.
( d ) Traga um belo filé à parmeggiana.
( e ) Não é fácil jogar à moda da seleção holandesa de 1974.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ação Evolutiva

Desde os primórdios é inerente no ser humano a insáciavel busca pela superioridade em relaçao aos demais , seja ela física , intelectual ou profissional. suas ações para esse fim podem ser positivas derivando-se a uma evolução específica a cada parte desse todo ,todavia, podem ao contrário gerar pérfidas atitudes na qual denigrem o citidano alheio, por isso deve haver segundo as teorias de Sigmund Freud uma consciência que policie as maneiras e as consequências para auferir esse objetivo almejado.

Durante os séculos o homem pesquisou , desenvolveu e efetivou métodos para assegurar os direitos de seus semelhantes , entretanto , a história é pródiga em nos oferecer exemplos de que houve grandes afrontas à humanidade, um exemplo popular e sólido sobre este argumento é o grotesco porém famoso "HOLOCAUSTO" proporcionado principalmente pelo dantesco ditador Adolf Hitler consoante a Winston Churchill onde o mesmo diz "Se Hitler invadisse o Inferno, eu cogitaria de uma aliança com o Demônio."

Dessa forma analisando mais próximo a nossa realidade e em nosso país , é possível perceber que o primeiro ato ou tentativa coerente de se garantir os direitos individuais e coletivos dos cidadãos brasileiros foi a criação e execução da primeira república federativa brasileira criada em 15 de novembro de 1889 o qual posteriormente surgiria as constituições mais pláusiveis da história da nação.

Assim,é preciso investir em educação para que leigos cidadãos consolidem uma mentalidade crítica e rica de informações básicas com o intuito de fiscalizar , questionar e aniquilar com sórdidas e lúdicas autoridades públicas desprovidas de consciência social que com suas ações corruptas usurpam a evolução estatal, com essa postura e iminente a existência de uma exímia nação.

REDAÇÃO = IAN CHAVES / COLÉGIO (CBA) - TEMA : 15 DE NOVEMBRO . PROPOSTA DELLA COELHO.

Ação Evolutiva

Desde os primórdios é inerente no ser humano a insáciavel busca pela superioridade em relaçao aos demais , seja ela física , intelectual ou profissional. suas ações para esse fim podem ser positivas derivando-se a uma evolução específica a cada parte desse todo ,todavia, podem ao contrário gerar pérfidas atitudes na qual denigrem o citidano alheio, por isso deve haver segundo as teorias de Sigmund Freud uma consciência que policie as maneiras e as consequências para auferir esse objetivo almejado.

Durante os séculos o homem pesquisou , desenvolveu e efetivou métodos para assegurar os direitos de seus semelhantes , entretanto , a história é pródiga em nos oferecer exemplos de que houve grandes afrontas à humanidade, um exemplo popular e sólido sobre este argumento é o grotesco porém famoso "HOLOCAUSTO" proporcionado principalmente pelo dantesco ditador Adolf Hitler consoante a Winston Churchill onde o mesmo diz "Se Hitler invadisse o Inferno, eu cogitaria de uma aliança com o Demônio."

Dessa forma analisando mais próximo a nossa realidade e em nosso país , é possível perceber que o primeiro ato ou tentativa coerente de se garantir os direitos individuais e coletivos dos cidadãos brasileiros foi a criação e execução da primeira república federativa brasileira criada em 15 de novembro de 1889 o qual posteriormente surgiria as constituições mais pláusiveis da história da nação.

Assim,é preciso investir em educação para que leigos cidadãos consolidem uma mentalidade crítica e rica de informações básicas com o intuito de fiscalizar , questionar e aniquilar com sórdidas e lúdicas autoridades públicas desprovidas de consciência social que com suas ações corruptas usurpam a evolução estatal, com essa postura e iminente a existência de uma exímia nação.

REDAÇÃO = IAN CHAVES / COLÉGIO (CBA) - TEMA : 15 DE NOVEMBRO . PROPOSTA DELLA COELHO.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Mais do que fraternidade

O homem precisa relacionar-se, pois é um ser sociável e dependente de outrem - conforme afirmou o poeta John Donne ao dizer que "nenhum homem é uma ilha". Em tais circunstâncias, releva-se o valor da amizade, representação máxima das relações interpessoais. Entretanto, diferente do imaginado, esse sentimento influi, em nossas vidas, muito além do campo emocional.
Quase 50% de nossa personalidade, em sua formação (entre infância e adolescência), sofre influência direta daqueles com quem convivemos fora do ambiente doméstico, majoritariamente os amigos. As chances de um indivíduo passar a fumar ou ingerir bebidas alcoólicas devido à amizades são mais significativas do que se um familiar cultivar tais hábitos, segundo reportagem da revista Superinteressante de fevereiro de 2011.
Conforme veiculado em outra edição do supracitado periódico, ter amigos também aumenta a longevidade. Isso porque ao estabelecer novos laços, o cérebro faz liberar ocitocina, hormônio relacionado ao prazer e que surte efeito contrário à adrenalina. A cada vez que se relaciona com um amigo, o organismo da pessoa libera pequenas doses dessa substância e, com isso, a probabilidade de ser acometida por estresse, depressão ou problemas cardiovasculares, por exemplo, reduz drasticamente.
Sobretudo, a amizade interfere de forma relevante em aspectos sociais, uma vez que aqueles que o cercam influenciam no modo como outros o enxergam. "Digas com quem andas e te direi quem és"; o adágio é impecável ilustração disso e, portanto, a escolha dos amigos deve ser cuidadosa, pois pode elevar ou fazer cair o conceito alheio nutrido sobre si. É válido o conselho shakespeariano: "para crescer como pessoa é preciso me cercar de gente mais inteligente do que eu".
De tal forma, pode-se seguramente concluir que um amigo é muito mais do que um porto seguro em que se pode confiar sem reservas, precisando ou não. Trata-se de um instrumento de vital importância que há de gerar crescimento pessoal, valorização social e benefícios na saúde, desde que bem selecionado. Por isso, para que os efeitos sejam positivos, escolha bem e leve em consideração o conselho de Shakespeare.

Mais do que fraternidade

O homem precisa relacionar-se, pois é um ser sociável e dependente de outrem - conforme afirmou o poeta John Donne ao dizer que "nenhum homem é uma ilha". Em tais circunstâncias, releva-se o valor da amizade, representação máxima das relações interpessoais. Entretanto, diferente do imaginado, esse sentimento influi, em nossas vidas, muito além do campo emocional.
Quase 50% de nossa personalidade, em sua formação (entre infância e adolescência), sofre influência direta daqueles com quem convivemos fora do ambiente doméstico, majoritariamente os amigos. As chances de um indivíduo passar a fumar ou ingerir bebidas alcoólicas devido à amizades são mais significativas do que se um familiar cultivar tais hábitos, segundo reportagem da revista Superinteressante de fevereiro de 2011.
Conforme veiculado em outra edição do supracitado periódico, ter amigos também aumenta a longevidade. Isso porque ao estabelecer novos laços, o cérebro faz liberar ocitocina, hormônio relacionado ao prazer e que surte efeito contrário à adrenalina. A cada vez que se relaciona com um amigo, o organismo da pessoa libera pequenas doses dessa substância e, com isso, a probabilidade de ser acometida por estresse, depressão ou problemas cardiovasculares, por exemplo, reduz drasticamente.
Sobretudo, a amizade interfere de forma relevante em aspectos sociais, uma vez que aqueles que o cercam influenciam no modo como outros o enxergam. "Digas com quem andas e te direi quem és"; o adágio é impecável ilustração disso e, portanto, a escolha dos amigos deve ser cuidadosa, pois pode elevar ou fazer cair o conceito alheio nutrido sobre si. É válido o conselho shakespeariano: "para crescer como pessoa é preciso me cercar de gente mais inteligente do que eu".
De tal forma, pode-se seguramente concluir que um amigo é muito mais do que um porto seguro em que se pode confiar sem reservas, precisando ou não. Trata-se de um instrumento de vital importância que há de gerar crescimento pessoal, valorização social e benefícios na saúde, desde que bem selecionado. Por isso, para que os efeitos sejam positivos, escolha bem e leve em consideração o conselho de Shakespeare.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Inerme



Eis-me combalida e absorta
em pesares dolorosos,
que por certo em minha vida
hão de ser calamitosos.

Eis-me divagando as horas,
rogando utópica ajuda,
pedindo às forças maiores
para que o sonho me iluda.

Eis-me em pseudo-tirania
fantasiando o passado,
mantendo minha mania
de desejar-te ao meu lado.

Eis-me escassa de razão,
levada a devanear,
tomada pela emoção,
inerme hei de ficar.

Rianny Flavia

Inerme



Eis-me combalida e absorta
em pesares dolorosos,
que por certo em minha vida
hão de ser calamitosos.

Eis-me divagando as horas,
rogando utópica ajuda,
pedindo às forças maiores
para que o sonho me iluda.

Eis-me em pseudo-tirania
fantasiando o passado,
mantendo minha mania
de desejar-te ao meu lado.

Eis-me escassa de razão,
levada a devanear,
tomada pela emoção,
inerme hei de ficar.

Rianny Flavia

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Pontes intergeracionais.

A dinamização da sociedade, estimulada pela tecnologia, impulsiona os seres humanos a uma adaptação constante, de forma a manterem-se atualizados para estarem aptos a agir no meio social. Tal processo, apesar de incitar o desenvolvimento, obriga-nos a um ritmo mais elevado que o natural, e tal ritmo leva ao surgimento de uma nova geração a cada dez ou quinze anos, quando antes tardavam trinta, tornando o conflito entre gerações cada vez mais intenso.
O homem nunca lidou bem com as diferenças, como percebe-se no processo histórico de colonização das Américas - com o extermínio dos indígenas - e na expansão nazista - que tentava eliminar negros e semitas. Por mais que pareçam exagerados em comparação aos atuais conflitos que se corroboram na sociedade, são ilustração conveniente do etnocentrismo característico do homem. Com gostos, valores e interesses tão distintos, idosos, adolescentes, adultos e crianças acabam estigmatizando-se - o que ocorre especialmente a partir dos segmentos mais jovens para com os mais velhos.
Tais diferenças, no entanto, são inerentes ao homem e, conforme o Determinismo de Hippolyte Tayne, determinam-o através do meio em que se desenvolvem. No Brasil, por exemplo, tivemos uma geração X, agrária e centralizada nas regiões Nordeste e Sudeste; uma geração Y, oprimida por um governo militar que tentou suprimir a cultura e o intelecto humanos; uma geração W, que pagou com cruzado, cruzeiro e real, e pintou a cara para fazer valer sua cidadania; e agora uma geração Z vive um Brasil com economia consolidada e alçando voo no cenário internacional. Assim, é impossível que exista homogeneização social, e cabe ao ser humano buscar harmonizar-se através das semelhanças, ao invés de buscar o conflito naquilo que difere.
Por maiores que sejam as diferenças, duas gerações sempre terão algo em comum - seja a passagem de conhecimento entre pais e filhos, seja uma geração intermediária ligando-os, como fazem os pais entre avós e netos. Tais ligações são os elos entre núcleos tão divergentes que abrigam uma mesma comunidade, e garantem a integridade dessa, atuando como verdadeiras pontes intergeracionais.

Pontes intergeracionais.

A dinamização da sociedade, estimulada pela tecnologia, impulsiona os seres humanos a uma adaptação constante, de forma a manterem-se atualizados para estarem aptos a agir no meio social. Tal processo, apesar de incitar o desenvolvimento, obriga-nos a um ritmo mais elevado que o natural, e tal ritmo leva ao surgimento de uma nova geração a cada dez ou quinze anos, quando antes tardavam trinta, tornando o conflito entre gerações cada vez mais intenso.
O homem nunca lidou bem com as diferenças, como percebe-se no processo histórico de colonização das Américas - com o extermínio dos indígenas - e na expansão nazista - que tentava eliminar negros e semitas. Por mais que pareçam exagerados em comparação aos atuais conflitos que se corroboram na sociedade, são ilustração conveniente do etnocentrismo característico do homem. Com gostos, valores e interesses tão distintos, idosos, adolescentes, adultos e crianças acabam estigmatizando-se - o que ocorre especialmente a partir dos segmentos mais jovens para com os mais velhos.
Tais diferenças, no entanto, são inerentes ao homem e, conforme o Determinismo de Hippolyte Tayne, determinam-o através do meio em que se desenvolvem. No Brasil, por exemplo, tivemos uma geração X, agrária e centralizada nas regiões Nordeste e Sudeste; uma geração Y, oprimida por um governo militar que tentou suprimir a cultura e o intelecto humanos; uma geração W, que pagou com cruzado, cruzeiro e real, e pintou a cara para fazer valer sua cidadania; e agora uma geração Z vive um Brasil com economia consolidada e alçando voo no cenário internacional. Assim, é impossível que exista homogeneização social, e cabe ao ser humano buscar harmonizar-se através das semelhanças, ao invés de buscar o conflito naquilo que difere.
Por maiores que sejam as diferenças, duas gerações sempre terão algo em comum - seja a passagem de conhecimento entre pais e filhos, seja uma geração intermediária ligando-os, como fazem os pais entre avós e netos. Tais ligações são os elos entre núcleos tão divergentes que abrigam uma mesma comunidade, e garantem a integridade dessa, atuando como verdadeiras pontes intergeracionais.

Meio-termo necessário

A busca pela beleza não é característica recente. A exaltação do belo, na Antiguidade Clássica, era onipresente, inclusive nas Artes, que agiam como a mídia hodierna ao mostrar o padrão de perfeição física cultivado, com o diferencial de que, agora, muitas pessoas chegam a extremos para alcançar tai padrões, colocando em risco a própria saúde - como no mito de Narciso.
A valorização demasiada do corpo vem sempre acompanhada de uma depreciação do humano, o qual é massificado, acarretando problemas psicológicos. Trata-se, portanto, de uma questão paradoxal: por um lado, os cuidados com alimentação e prática de exercícios - que promove saúde ao corpo -; por outro, a obsessão e o estresse, prejudiciais à saúde mental.
Na Idade Média, as questões estéticas ficaram relegadas ao segundo plano. Valorizava-se o interior, representado em maior instância no exercício da fé acima de tudo. Sabe-se que é preciso cuidar bem do corpo para manter-se saudável, mas naquela época, por exemplo, nem e tinha registros sobre doenças como anorexia e bulimia.
Percebe-se, conforme o supracitado, que é preciso um ponto intermediário entre a valorização do corpo e da mente, alcançando uma elevação de ambos, não se sujeitando à compulsão desmedida e prejudicial - e para que seja buscado esse meio-termo é preciso conscientização social. Tal conclusão é confirmada através da afirmação aristotélica: a felicidade se alcança pela virtude, e a virtude é a justa medida entre o excesso e a falta.

Meio-termo necessário

A busca pela beleza não é característica recente. A exaltação do belo, na Antiguidade Clássica, era onipresente, inclusive nas Artes, que agiam como a mídia hodierna ao mostrar o padrão de perfeição física cultivado, com o diferencial de que, agora, muitas pessoas chegam a extremos para alcançar tai padrões, colocando em risco a própria saúde - como no mito de Narciso.
A valorização demasiada do corpo vem sempre acompanhada de uma depreciação do humano, o qual é massificado, acarretando problemas psicológicos. Trata-se, portanto, de uma questão paradoxal: por um lado, os cuidados com alimentação e prática de exercícios - que promove saúde ao corpo -; por outro, a obsessão e o estresse, prejudiciais à saúde mental.
Na Idade Média, as questões estéticas ficaram relegadas ao segundo plano. Valorizava-se o interior, representado em maior instância no exercício da fé acima de tudo. Sabe-se que é preciso cuidar bem do corpo para manter-se saudável, mas naquela época, por exemplo, nem e tinha registros sobre doenças como anorexia e bulimia.
Percebe-se, conforme o supracitado, que é preciso um ponto intermediário entre a valorização do corpo e da mente, alcançando uma elevação de ambos, não se sujeitando à compulsão desmedida e prejudicial - e para que seja buscado esse meio-termo é preciso conscientização social. Tal conclusão é confirmada através da afirmação aristotélica: a felicidade se alcança pela virtude, e a virtude é a justa medida entre o excesso e a falta.

Conflito de identidades

O Brasil é um país de contrastes; seu relevo, clima, fauna, flora e cultura são de uma riqueza e variedade raras. Não poderia ser diferente na língua, já que essa é o maior retrato da nossa identidade cultural. Mas tamanha variação gera conflitos, e de tais brota a discussão acerca da necessidade de ensinar a variante coloquial da linguagem nas escolas, necessidade que inexiste.
A norma culta da língua é a única a ser transmitida, enfaticamente. Não há utilidade em ministrar aulas sobre algo que todos sabem. Seria desperdício total de tempo, visto que todo brasileiro conhece, naturalmente, a linguagem coloquial, e a ouve e exercita a todo momento - o que não ocorre com a norma padrão.
A variante culta da língua portuguesa é muito mais complexa, repleta de regras, alem de ser aquela requisitada nos meios acadêmico e profissional - sendo, portanto, a que merece destaque, ao menos nas instituições de ensino. Como afirmou o escritor e linguista Marcos Bagno, "cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem".
Vale ressaltar, entretanto, que não ensinar a forma coloquial da língua não é o mesmo que desmerecê-la, apenas não é prioridade. Não se pode ser radical, é preciso ser aristotélico ("a virtude é a justa medida entre a falta e o excesso"), estabelecendo um meio termo, não sendo nem parnasiano - valorizando apenas a erudição - nem modernista - dizendo que a escrita e todo o resto devem ser regidas pela fala.
Faz-se necessário conscientizar os desinformados que não há erro em dizer "isso é pra mim fazer", já que não há erro na fala - para amenizar o preconceito linguístico. No entanto, acima disso, é preciso conceder a todos um bom domínio da norma culta, para que - quando necessário - qualquer um saiba bem utilizá-la, mostrando sua "brasilidade" ao conhecer profundamente a sua língua, puro retrato de sua identidade.

Conflito de identidades

O Brasil é um país de contrastes; seu relevo, clima, fauna, flora e cultura são de uma riqueza e variedade raras. Não poderia ser diferente na língua, já que essa é o maior retrato da nossa identidade cultural. Mas tamanha variação gera conflitos, e de tais brota a discussão acerca da necessidade de ensinar a variante coloquial da linguagem nas escolas, necessidade que inexiste.
A norma culta da língua é a única a ser transmitida, enfaticamente. Não há utilidade em ministrar aulas sobre algo que todos sabem. Seria desperdício total de tempo, visto que todo brasileiro conhece, naturalmente, a linguagem coloquial, e a ouve e exercita a todo momento - o que não ocorre com a norma padrão.
A variante culta da língua portuguesa é muito mais complexa, repleta de regras, alem de ser aquela requisitada nos meios acadêmico e profissional - sendo, portanto, a que merece destaque, ao menos nas instituições de ensino. Como afirmou o escritor e linguista Marcos Bagno, "cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem".
Vale ressaltar, entretanto, que não ensinar a forma coloquial da língua não é o mesmo que desmerecê-la, apenas não é prioridade. Não se pode ser radical, é preciso ser aristotélico ("a virtude é a justa medida entre a falta e o excesso"), estabelecendo um meio termo, não sendo nem parnasiano - valorizando apenas a erudição - nem modernista - dizendo que a escrita e todo o resto devem ser regidas pela fala.
Faz-se necessário conscientizar os desinformados que não há erro em dizer "isso é pra mim fazer", já que não há erro na fala - para amenizar o preconceito linguístico. No entanto, acima disso, é preciso conceder a todos um bom domínio da norma culta, para que - quando necessário - qualquer um saiba bem utilizá-la, mostrando sua "brasilidade" ao conhecer profundamente a sua língua, puro retrato de sua identidade.

Transgressão do arbítrio.

O Estado é a entidade que tem como papel administrar a nação, garantindo o desenvolvimento harmônico de todas as suas instâncias, assegurando a aplicação das leis. Para manter esse equilíbrio, constantemente é preciso criar novas normas, no entanto, às vezes, ocorre um exagero por parte do Governo, o qual acaba por transgredir a individualidade do cidadão, o que leva à necessidade de um maior esclarecimento sobre a tênue linha que separa o indivíduo da coletividade.
Exemplo de tal atitude violadora se apresenta na lei que tornou obrigatório o uso do cinto de segurança, que causou tumultos à época de sua aplicação, nos anos 1994/1995. Como afirmou o sociólogo e colunista da Folha de São Paulo Marcelo Coelho, trata-se de uma lei que "está em desacordo com os princípios liberais".
O artigo 5º da Constituição Brasileira - cláusula pétrea da Carta Magna, ou seja, que não se pode abolir -, em seu inciso X, afirma "serem invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas"; portanto, o Estado não detém o direito de ferir a liberdade individual do cidadão - o Governo deve atuar de modo a prevenir a lesão de um ou mais cidadãos por um outro, assim a menos que um indivíduo aja de forma propícia a arriscar a integridade alheia, não compete ao Estado intervir em suas ações.
Afirmou o filósofo e humanista Carlos Pecotche que "a liberdade é prerrogativa natural do ser humano", sendo-lhe, então, inalienável, de forma tal que nem mesmo o Governo pode cerceá-la, a não ser que uma pessoa aja com o intuito de espoliar outrem.
Conforme os contratualistas Thomas Hobbes e John Locke, os homens abdicaram de sua liberdade total - quando viviam isolados - a fim de que se assegurasse a ordem e a propriedade legal daquilo que detêm, respectivamente. Dessa forma, os homens cederam poder ao Estado, entidade que trabalharia pela manutenção da paz e da individualidade. Essa instituição não pode, portanto, ferir os direitos cujo motivo de sua existência é proteger. Da mesma maneira que suicídio não constitui crime, nenhuma ação de um indivíduo inócua à sociedade precisa ou deve ser reprimida. Caso ocorra, o princípio do Contratualismo está quebrado, podendo desencadear o retorno ao Estado de Natureza - no qual "o homem é o lobo do homem" (Thomas Hobbes) - e à anarquia.

Transgressão do arbítrio.

O Estado é a entidade que tem como papel administrar a nação, garantindo o desenvolvimento harmônico de todas as suas instâncias, assegurando a aplicação das leis. Para manter esse equilíbrio, constantemente é preciso criar novas normas, no entanto, às vezes, ocorre um exagero por parte do Governo, o qual acaba por transgredir a individualidade do cidadão, o que leva à necessidade de um maior esclarecimento sobre a tênue linha que separa o indivíduo da coletividade.
Exemplo de tal atitude violadora se apresenta na lei que tornou obrigatório o uso do cinto de segurança, que causou tumultos à época de sua aplicação, nos anos 1994/1995. Como afirmou o sociólogo e colunista da Folha de São Paulo Marcelo Coelho, trata-se de uma lei que "está em desacordo com os princípios liberais".
O artigo 5º da Constituição Brasileira - cláusula pétrea da Carta Magna, ou seja, que não se pode abolir -, em seu inciso X, afirma "serem invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas"; portanto, o Estado não detém o direito de ferir a liberdade individual do cidadão - o Governo deve atuar de modo a prevenir a lesão de um ou mais cidadãos por um outro, assim a menos que um indivíduo aja de forma propícia a arriscar a integridade alheia, não compete ao Estado intervir em suas ações.
Afirmou o filósofo e humanista Carlos Pecotche que "a liberdade é prerrogativa natural do ser humano", sendo-lhe, então, inalienável, de forma tal que nem mesmo o Governo pode cerceá-la, a não ser que uma pessoa aja com o intuito de espoliar outrem.
Conforme os contratualistas Thomas Hobbes e John Locke, os homens abdicaram de sua liberdade total - quando viviam isolados - a fim de que se assegurasse a ordem e a propriedade legal daquilo que detêm, respectivamente. Dessa forma, os homens cederam poder ao Estado, entidade que trabalharia pela manutenção da paz e da individualidade. Essa instituição não pode, portanto, ferir os direitos cujo motivo de sua existência é proteger. Da mesma maneira que suicídio não constitui crime, nenhuma ação de um indivíduo inócua à sociedade precisa ou deve ser reprimida. Caso ocorra, o princípio do Contratualismo está quebrado, podendo desencadear o retorno ao Estado de Natureza - no qual "o homem é o lobo do homem" (Thomas Hobbes) - e à anarquia.

Indecorosa solidariedade

O homem moderno é indiscutivelmente mais evoluído que o de épocas passadas, mormente nos campos econômico e tecnológico. Tal evolução, entretanto, ocorreu em detrimento de importantes valores morais e sociais. O egocentrismo - tendência romântica - impregnou o pensamento do homem e, amalgamado a outros fatores, jogou, de modo geral, nossa solidariedade no esquecimento.
O homem perdeu seu senso de coletividade; importamo-nos somente com aquilo que nos interessa, e há muito deixamos de pensar no próximo - em uma criança, por exemplo - como alguém que nos concerne. O indivíduo considera-se alheio a todos os outros e, portanto, em um patamar superior de importância.
Lévi-Strauss, renomado sociólogo contemporâneo, dividia as sociedades em quentes - as evoluídas - e frias - as primitivas. As sociedades frias, contudo , embora paradas no tempo, mantiveram valores importantes para a convivência aprazível em comunidade: são frias por sua estagnação tecno-industrial e econômica, mas no tocante à moral coletiva e à valorização dos outros - ou seja, nas relações humanas - emanam calor.
Entrecorre que a nossa solidariedade mecânica - o compartilhamento de valores e interesses iguais por todos, segundo Émile Durkheim - está sendo inteiramente convertida na chamada solidariedade orgânica - individualista e que nos leva a viver em sociedade simplesmente para que haja a satisfação de suas necessidades básicas, conforme o mesmo sociólogo -, quando ambas deveriam coexistir. Tornamo-nos indiferentes ao que ocorre em nosso entorno. As relações inter-pessoais foram sintetizadas a tal ponto que o meio social agora é um aglomerado de núcleos pessoais semi-isolados.
Como isso não bastando, a pouca solidariedade restante é suprimida por causa da indecorosa realidade que se corrobora em tempos hodiernos, marcada pela violência, calúnia, hipocrisia e enganação. Tudo isso, em conjunto, é o que leva uma pessoa a ver uma criança aparentemente abandonada na rua e nem cogitar a possibilidade de assisti-la.
Caso não nos manifestemos, a previsão (em um futuro próximo) é que as circunstâncias agravem-se e as relações humanas tornem-se irreversivelmente superficiais. Precisamos retomar valores, parar, mesmo que só um pouco, de pensar em nós mesmos e nos atermos às questões sociais. Ou, como diria Jean-Jacques Rousseau, relembremos nossa bondade natural - a qual ainda se mostra nas não tão frígidas sociedades de Strauss - para que nos tornemos capazes de auxiliar aqueles a nossa volta mesmo quando isso não nos trouxer algum retorno.

Indecorosa solidariedade

O homem moderno é indiscutivelmente mais evoluído que o de épocas passadas, mormente nos campos econômico e tecnológico. Tal evolução, entretanto, ocorreu em detrimento de importantes valores morais e sociais. O egocentrismo - tendência romântica - impregnou o pensamento do homem e, amalgamado a outros fatores, jogou, de modo geral, nossa solidariedade no esquecimento.
O homem perdeu seu senso de coletividade; importamo-nos somente com aquilo que nos interessa, e há muito deixamos de pensar no próximo - em uma criança, por exemplo - como alguém que nos concerne. O indivíduo considera-se alheio a todos os outros e, portanto, em um patamar superior de importância.
Lévi-Strauss, renomado sociólogo contemporâneo, dividia as sociedades em quentes - as evoluídas - e frias - as primitivas. As sociedades frias, contudo , embora paradas no tempo, mantiveram valores importantes para a convivência aprazível em comunidade: são frias por sua estagnação tecno-industrial e econômica, mas no tocante à moral coletiva e à valorização dos outros - ou seja, nas relações humanas - emanam calor.
Entrecorre que a nossa solidariedade mecânica - o compartilhamento de valores e interesses iguais por todos, segundo Émile Durkheim - está sendo inteiramente convertida na chamada solidariedade orgânica - individualista e que nos leva a viver em sociedade simplesmente para que haja a satisfação de suas necessidades básicas, conforme o mesmo sociólogo -, quando ambas deveriam coexistir. Tornamo-nos indiferentes ao que ocorre em nosso entorno. As relações inter-pessoais foram sintetizadas a tal ponto que o meio social agora é um aglomerado de núcleos pessoais semi-isolados.
Como isso não bastando, a pouca solidariedade restante é suprimida por causa da indecorosa realidade que se corrobora em tempos hodiernos, marcada pela violência, calúnia, hipocrisia e enganação. Tudo isso, em conjunto, é o que leva uma pessoa a ver uma criança aparentemente abandonada na rua e nem cogitar a possibilidade de assisti-la.
Caso não nos manifestemos, a previsão (em um futuro próximo) é que as circunstâncias agravem-se e as relações humanas tornem-se irreversivelmente superficiais. Precisamos retomar valores, parar, mesmo que só um pouco, de pensar em nós mesmos e nos atermos às questões sociais. Ou, como diria Jean-Jacques Rousseau, relembremos nossa bondade natural - a qual ainda se mostra nas não tão frígidas sociedades de Strauss - para que nos tornemos capazes de auxiliar aqueles a nossa volta mesmo quando isso não nos trouxer algum retorno.